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Alienação parental não é crime. Ser pai no Brasil, sim.
Pai se pendura em passarela no Rio em protesto contra a alienação parental e expõe o desespero de milhares de homens ignorados pelo sistema
Na última quinta-feira (22), um homem identificado como Rafael escalou uma passarela na Avenida Ayrton Senna, próximo à Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, e se pendurou com uma faixa nas mãos. O motivo? Um grito de socorro. Um apelo por justiça. Um ato de desespero diante da negligência do Estado frente à dor de pais afastados de seus filhos.
A faixa dizia:
“ALIENAÇÃO PARENTAL NÃO É CRIME.
CRIME É SER PAI…
CATARINA, PAPAI TE AMA!!!!
SEMPRE LUTAREI POR VOCÊ.”
O protesto foi interrompido pelos bombeiros, que resgataram Rafael com segurança. Mas a mensagem ficou. E ecoou entre milhares de pais brasileiros que passam pelo mesmo inferno silencioso: o afastamento forçado de seus filhos, amparado por um sistema lento, omisso e ideologizado.
A paternidade criminalizada
No Brasil, exercer a paternidade ativa após a separação é um campo minado. Em vez de encontrar apoio institucional, o pai se depara com um judiciário moroso, profissionais despreparados e uma burocracia hostil. O que deveria ser a regra — o convívio saudável com os filhos — se transforma em exceção, quando não em batalha judicial.
Casos de alienação parental se multiplicam, mas seguem subnotificados. Enquanto isso, a militância tenta reverter leis que protegem o convívio paterno sob a desculpa de que “beneficiam agressores”. O discurso é bonito. A realidade, cruel.
Falsas denúncias se tornaram armas para impedir visitas. Pais são rotulados como abusadores sem provas. E se ousam lutar por seus direitos, são tratados como perigosos ou desequilibrados. A justiça fecha os olhos. A mídia silencia. E a sociedade julga.
Um país que não quer ver
O caso de Rafael não é isolado. É o retrato de um Brasil que se recusa a encarar o sofrimento masculino como legítimo. Que ignora o luto do pai vivo, que perde um filho em vida. Que trata com descaso um homem que só quer ser pai.
A frase que estampava sua faixa resume tudo:
“Alienação parental não é crime. Ser pai no Brasil, sim.”
E ele está certo. Porque ser pai, hoje, é resistir a um sistema que te quer fora da vida dos seus filhos.
Enquanto mães alienadoras seguem impunes, pais são empurrados à marginalização emocional. E quando um deles quebra o silêncio com um gesto extremo, ainda há quem o chame de “louco”, como se sua dor fosse histeria, e não injustiça.
Catarina, teu pai te ama
O nome da filha de Rafael é Catarina. E, embora o sistema tente calar essa relação, ele fez questão de deixar claro:
“Sempre lutarei por você.”
Essa não é a história de um homem que desistiu. É a história de um pai que gritou — por ele, por sua filha e por todos os outros pais que ainda esperam um telefonema, uma visita, uma chance.
Que esse grito não tenha sido em vão.
Vivi o mesmo drama, mas venci as falsas denúncias da Lei Maria da Penha, a alienação parental e hoje tenho a guarda dos meus filhos
Vivi o mesmo drama, mas venci as falsas denúncias da Lei Maria da Penha, a alienação parental e hoje tenho a guarda dos meus filhos.
Minha sugestão é nunca desisti, fomo forjados em nos superar e não é agora que desistiremos.