Ele foi desrespeitado. Mas teve que fingir que era carinho.

O presidente da França, Emmanuel Macron, desembarcava no Vietnã quando levou um empurrão no rosto — isso mesmo, no rosto — da própria esposa, Brigitte Macron. Em público. Em vídeo. Em evento oficial.

E o mundo? Zombou.

O vídeo viralizou nas redes sociais, recheado de comentários debochados: “mãe dando bronca”, “casal fofo”, “ela que manda”. Teve até quem dissesse que foi “um momento de intimidade”. Mas ninguém usou a palavra certa: desrespeito.

E ele, claro, minimizou

Fontes ligadas ao presidente correram para limpar essa sujeira, correram para dizer que foi “brincadeira”. Que era só “um momento entre o casal”. O Palácio do Eliseu reforçou que era algo “normal”.

Mas por que ele minimizou?

Simples: porque é uma vergonha ser humilhado pela própria mulher na frente do mundo inteiro.

Porque se ele dissesse a verdade — que foi agredido — viraria ainda mais motivo de chacota.

Presidente da França, vencido por um tapa da esposa.

Foi mais fácil engolir seco do que encarar o escárnio público.

Quando ela faz, é meme. Quando ele faz, é agressão.

Se fosse o contrário — se Macron tivesse encostado a mão no rosto dela — a reação teria sido imediata: manchetes, ONU Mulheres, protestos, hashtags, pedidos de impeachment. Mas como foi ela, o empurrão virou conteúdo engraçado de TikTok.

A cultura ensinou que homem não pode ser frágil. Muito menos vítima.

Agressão só escandaliza quando atinge o gênero certo.

A masculinidade virou sinônimo de silêncio

Macron foi empurrado no rosto. Em frente às câmeras. E teve que rir. Teve que fingir. Porque se mostrar constrangido, se demonstrar incômodo, seria tratado como fraco.

Esse é o problema: o homem não pode nem sofrer em paz.

Se apanha, é porque “mereceu”.

Se reclama, é “covarde”.

Se reage, é “agressor”.

E você ainda acha que misandria não existe?

Você viu com seus próprios olhos:

Um chefe de Estado foi agredido — e tratado como piada.

Imagine se fosse o contrário.

Você sabe muito bem que a resposta do mundo seria outra.

Veja o momento:

 

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