O feminismo mandou adiar os filhos. E o mercado lucrou com a infertilidade.

Durante anos, o discurso era o mesmo: “foco nos estudos”, “construa sua carreira”, “tenha liberdade antes de pensar em filhos”. Tudo com a promessa de que a maternidade poderia ser “adiada com segurança” — como se o corpo seguisse o roteiro ideológico.

Agora, aos 35, 38, 41 anos, essas mulheres ouvem outra coisa:

“Vai ter que correr. Vai ter que pagar.”

O preço da liberdade

Hoje, ser mãe não é só uma decisão. É investimento. E alto. Veja os números:

Não existe “liberdade reprodutiva” quando você precisa parcelar cada passo.

O caminho até o “positivado” é longo — e doloroso

A mídia chama de “produção independente” ou “maternidade tardia”. Mas quem vive, sabe.

A mulher que entra nesse processo não está “empoderada”. Está exausta.

Ela já tentou sozinha. Já tomou ácido fólico, chá de inhame, acupuntura, simpatia.

Já chorou no banheiro quando a menstruação veio de novo. Já ouviu: “relaxa que acontece”.

E quando não aconteceu, ela decidiu comprar o que antes vinha de graça: a chance de tentar.

Mas ninguém fala disso. Ninguém fala do impacto emocional, dos hormônios que desregulam tudo, do peso no casamento, do sexo cronometrado, da esperança que morre no beta hCG negativo.

Casadas também estão no rolê

A ilusão não pegou só solteiras. Mulheres casadas também acreditaram que o tempo estava ao seu favor. Mas a fertilidade não tem empatia. Mesmo em casamentos sólidos, os embriões congelados viraram plano de saúde emocional — uma forma de tentar salvar o sonho que o discurso progressista congelou junto com os óvulos.

E tem um detalhe: especialistas já alertam que congelar óvulo não é garantia nenhuma. Muitas vezes, eles sequer servem. Só embriões têm taxas um pouco melhores de sucesso. Mas para isso, você precisa de um homem. Um de verdade. Disponível agora. Não um ideal.

O problema? Passaram décadas dizendo que homem era acessório. Agora, o que falta não é só tempo — é estrutura.

A estatística que ninguém te contou

O SUS oferece? Quase não.

Sim, o SUS cobre alguns tratamentos. Mas a fila é de até 7 anos. E nem todo mundo entra: tem limite de idade, de IMC, e poucas cidades têm centros especializados.

O que era instinto, virou boleto. E culpa.

A geração que foi ensinada a adiar tudo agora está em clínicas parcelando a tentativa de ser mãe. E ainda tem que ouvir que é “obsessiva”, “imatura”, “atrasada”. Quando na verdade ela só seguiu o roteiro.

O roteiro que dizia que ter filhos cedo era burrice. Que homem era prisão. Que a realização vinha depois.

Mas “depois” chegou. E trouxe com ele um tubo de injeção hormonal, um beta negativo e um boleto de R$ 20 mil.

Liberdade para quem?

A liberdade vendida pelo feminismo virou fila de espera, consulta médica e frustração acumulada.

Quem acreditou na mentira da “hora certa” agora se pergunta se ainda tem tempo.

O feminismo prometeu autonomia. Mas entregou dependência médica.

Prometeu escolha. Mas entregou infertilidade.

Prometeu liberdade. Mas cobra caro. Em real, em lágrimas — e em silêncio.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *