Os homens que entregaram as mulheres ao feminismo

Durante anos, muitos homens apontaram o dedo para o feminismo como a grande ameaça da era moderna. E com razão. O feminismo destruiu famílias, embaralhou os papéis sociais, instalou uma cultura de hostilidade entre os sexos e criou uma geração de mulheres infelizes tentando viver como homens mal resolvidos.

Mas poucos têm coragem de admitir a verdade incômoda: o feminismo só floresceu porque muitos homens abriram caminho para ele.

Não foi apenas a militância que moldou essa guerra cultural. Foram os homens ausentes. Fracos. Omissos. Cúmplices.

O feminismo não ganhou força do nada — ele ocupou o lugar que o homem abandonou

O feminismo não nasceu espontaneamente. Ele cresceu num terreno fértil de omissões masculinas. No Brasil, não foram as guerras que tiraram os homens de casa, mas a desestruturação interna:

E quando veio o divórcio — com a promessa de liberdade para a mulher e punição para o homem — o terreno já estava pronto. A masculinidade já estava desmoralizada. O feminismo só ocupou o espaço que ficou vazio.

Homens que fugiram da responsabilidade

Quando o pai abandona o lar, ele abre espaço para o discurso feminista assumir o controle.

A mulher ferida pela ausência masculina se torna presa fácil da doutrina que diz que “homem não presta”, que “pai não é necessário”, que “o Estado pode suprir o que ele não deu”.

E o mais triste? É que muitas vezes a mulher ferida não está mentindo.

Ela foi sim traída.

Ela foi sim abandonada.

Ela foi sim desrespeitada.

Mas o que ela sofreu não foi resultado da masculinidade — foi resultado da ausência dela.

Foi a covardia, a fraqueza e a omissão de homens que se recusaram a agir como homens de verdade que alimentaram a mágoa que o feminismo explora até hoje.

Esses homens não foram vítimas do feminismo. Foram seus fornecedores.

Homens que zombaram do próprio papel

A cultura do “marido otário”, do “pai banana”, do “homem que não pode decidir nada em casa”, não nasceu com Simone de Beauvoir.

Nasceu no boteco, no churrasco, nas piadinhas autodepreciativas de homens que abriram mão da liderança, que preferiram ser passivos e agradáveis a serem firmes e justos.

Homens que chamam a esposa de “patroa” não são submissos por amor. São fracos por medo.

E depois perguntam por que perderam o respeito.

Homens que se ajoelham por sexo

Se tem um tipo que alimenta o feminismo mais do que a própria feminista radical, é o “homem desconstruído”.

Aquele que finge apoiar o feminismo só para ganhar validação feminina. Que se diz aliado, que vai em marcha, que posta textão… mas por trás está desesperado por afeto, por sexo, por migalhas.

Ele é o tapete vermelho do movimento.

E o pior? Ele ainda acha que está “lacrando”.

Homens que têm medo de se posicionar

Quantos homens conhecem os absurdos do feminismo, mas se calam?

Quantos veem injustiças cometidas contra outros homens — falsas acusações, alienação parental, destruição da honra — e não dizem uma palavra?

A omissão é uma escolha.

E quando você escolhe o silêncio diante da injustiça, você escolhe o lado do opressor.

Homens que abandonaram a firmeza

A masculinidade verdadeira não é violência.

É firmeza.

É direção.

É responsabilidade.

Mas essa masculinidade foi taxada de tóxica. E muitos homens, para não “ofender”, deixaram de ser pais presentes, maridos protetores, líderes naturais.

Ficaram à deriva — e com eles, ficaram suas famílias.

O que resta é um vazio.

E o feminismo ama ocupar vazios.

E os filhos?

Quando o homem se omite, não é só a mulher que vira feminista.

O filho cresce sem referência. A filha cresce desconfiando do masculino.

A próxima geração nasce com raiva — e com razão.

O feminismo virou o único discurso com coragem de acolher essa dor — ainda que a transforme em mais dor.

 

O inimigo também tem barba

Enquanto muitos homens culpam o feminismo, continuam entregando suas mulheres e filhas a ele por omissão.

O movimento feminista se fortalece não só por quem o defende, mas por quem não tem coragem de combatê-lo.

Aqueles que acham mais fácil ceder do que se impor. Que preferem a covardia da aceitação à impopularidade da verdade.

Não estamos falando de guerra entre homem e mulher.

Estamos falando de reconstrução. De ordem. De propósito. De justiça.

E ela precisa começar dentro da própria masculinidade.

Porque o feminismo não destruiu os homens.

Foram os homens que se deixaram destruir — e que entregaram as mulheres de bandeja.

Ainda dá tempo.

Mas não adianta reclamar do feminismo e continuar se omitindo.

Liderar não é dominar.

É assumir o lugar que você abandonou.

Retome o que é seu.

Seja homem. E nunca mais peça desculpas por isso.

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