Todos nós pelo menos uma vez na vida já escutamos de alguma feminista “O feminismo defende o direito de todas as mulheres, até mesmo das donas de casa. Nós defendemos o direito da mulher de ser O QUE QUISER”. Mas é aí que você se engana. Por isso nesse artigo vou falar sobre a relação do feminismo e seu ódio pelo papel doméstico da mulher e o porque desse ódio.

Comecemos com Betty Friedan, uma das mães da segunda onda do movimento. Em seu livro “A Mística feminina”, ela escreve sobre a angústia da mãe e esposa dona-de-casa. Certamente porque sua própria vida foi angustiante, depois de ter uma infância juventude em um clima instável, Betty entrou em um casamento igualmente frustrante. Tinha filhos e ficou refém do marido por causa deles; Todos sabiam que o seu casamento era um verdadeiro desastre. Em seu livro que, ironicamente dedicou ao marido e aos filhos, escreveu que a condição da dona de casa era tão perigosa para saúde mental da mulher quanto viver em um campo de concentração nazista:

Betty Friedan

“As que se adaptam ao papel doméstico e crescem desejando ser “apenas dona de casa” estão em perigo tão sério como as que caminharam para a morte nos Campos de concentração, por se recusarem a crer que eles existiam.”

Alexandra Kollontai

E temos Alexandra Kollontai, que também era bem radical acerca do papel da mulher, principalmente em relação ao Estado. Para ela, a mulher deveria contribuir para o Estado e não para a família. Kollontai também defendia aguerridamente todas as pautas que as feministas defendem hoje, como aborto e liberdade sexual.

Voltando um pouco na história, antes da Revolução Industrial, o marido era o responsável por dar à mulher segurança, proteção, dinheiro, e sustentá-la pra dar as melhores condições para que cuidasse dos filhos e da família. Kollontai defende que o marido saia de cena e que não estejam mais presentes na família, defende que o Estado ocupe o lugar do homem. É o Estado que agora vai dar para essa mulher toda assistência que antes o marido lhe dava. Como o Estado vai fazer isso? Através de uma infinidade de serviços sociais e de serviços públicos.

E na página 41 e 42 de seu livro “O comunismo e a família” ela diz:

“[…] essas mulheres não compreendem que devem se acostumar a buscar esse sustento, essa provisão em outro lugar, não na pessoa do marido, mas no Estado.”

Ela diz como se nenhuma de nós soubéssemos o que é bom, apenas ela.

Logo depois ela diz o seguinte:

“A mulher, na sociedade comunista, não dependerá do trabalho do seu marido, dos seus robustos braços como fonte do seu sustento.”, “Acabará a incerteza sobre a sorte dos filhos.”

Mas Bia, e os filhos, pra onde vão? Quem cuidará deles? A própria Kollontai responde pra você:

“Porque o Estado comunista assumirá todas as responsabilidades. O matrimônio ficará extirpado de todos os elementos materiais, de todos os cálculos de dinheiro que constituem a repugnante mancha da vida familiar no nosso tempo.”

Ela não está dizendo que você mulher vai ser livre, apenas está trocando uma dependência por outra.

Por mais que a gente não esteja numa sociedade comunista hoje, a maior parte das mães solteiras são totalmente dependentes do Estado. Se as creches, que são uma assistência do Estado, forem fechadas, essas mães não conseguem viver, não conseguem trabalhar, elas simplesmente não têm como se sustentar. Portanto, Kollontai não está dando à mulher independência financeira e liberdade para fazer o que quiser. Só se está trocando a dependência de um marido, que a própria mulher escolhe, pelo Estado. Que será escolhido pela maioria e não por essa mulher.

E qual a conexão do ódio as donas de casa (Betty Friedan) com o amor a dependência do Estado (Alexandra Kollontai)?  TODA!

Na página 195 do livro “Feminismo: Perversão e Subversão” resume a conexão dos dois:

“Por isso, um dos principais focos do feminismo é acabar com à condição da mulher dona-de-casa. Ao contrário da vida que as mulheres sempre levaram no lar, para o feminismo, a mulher ideal é promíscua, de preferência mãe solteira que desconhece (ou dispensa) os pais de seus filhos. Aquela esposa que em nada depende do marido também é desejável, pois através dela o feminismo demonstra com que facilidade um casamento pode acabar em divórcio sem maiores complicações. A razão para tudo isso é que, politicamente, essa mulher é mais facilmente controlada. Na ausência de um homem responsável e interessado em seu bem-estar, as mulheres quase sempre precisam do Estado. Quanto mais necessitam do Estado, mais apóiam as políticas de esquerda. Uma relação de dependência com o Estado é estabelecida, dependência que só pode ser suprida e ampliada, num ciclo vicioso, através dos discursos marxistas e projetos esquerdistas.”

 

 

8 respostas

  1. As mães ficam dependenrtes do estado e as crianças vulneráveis a doutrinação. Triste!
    Parabéns, excelente conteúdo!

  2. Muito bom esse artigo, Bia! Parabéns… Esse assunto é sério e urgente da esquerda criando dependência do Estado cada vez mais sutil, com discurso de emponderamento e removendo os papeis que sempre criavam o ambiente familiar de boa convivência entre o homem e a querida mulher na família.

  3. Eu adorei o artigo, é uma controvérsia gigante no discurso delas, não querem ser controlados pelo marido mas, querem ser controladas pelo Estado, que na sua maioria são regidos por homens. O feminismo não tem, nem de longe, a mulher como foco.

  4. Como é bom ver pessoas conservadoras defendendo o seu ponto de vista, sem ter medo. Parabéns, Bea! Você com certeza terá um futuro brilhante e cheio de luz ♥️, sempre serei sua fiel seguidora hahaha

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